"I have a dream..."

O mundo e principalmente os EUA lembram hoje [04/04] os 40 anos do assassinato de Martin Luther King Jr., um dos mais notórios ativistas dos direitos civis e o mais jovem vencedor do Prêmio Nobel da Paz. King foi morto em um hotel em Memphis, nos Estado do Tennessee em 4 de abril de 1968. Ele havia viajado para a cidade para apoiar uma greve de lixeiros.

Martin Luther King em dezembro de 1964 quando recebeu o Prêmio Nobel da PazLuther King nasceu em 1929 em Atlanta, no Estado americano da Geórgia, e se graduou no Morehouse College, em 1948, com um bacharelado em sociologia. Ele se casou com Coretta Scott King em 1953. O casal teve quatro filhos.

O ativismo político de Luther King começou em 1955 em Montogomery (Alabama) - onde era pastor da Igreja Batista -, quando Rosa Parks, uma mulher negra, se negou a dar seu lugar em um ônibus para uma mulher branca e foi presa.

Os líderes negros da cidade organizaram um boicote aos ônibus de Montgomery para protestar contra a segregação racial em vigor no transporte. Durante a campanha de 381 dias, co-liderada por King, muitas ameaças foram feitas contra a sua vida, ele foi preso e viu sua casa ser atacada.

O boicote foi encerrado com a decisão da Suprema Corte Americana em tornar ilegal a segregação em transporte público. Depois disso, Luther King organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos.

A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à legislação americana com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).

Em 1964, ele foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz, que lhe foi entregue em reconhecimento à sua liderança na resistência não-violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos.

As palavras mais famosas do líder pacifista foram ditas em 1963, em frente ao monumento em homenagem ao ex-presidente americano Abraham Lincoln (1861-1865), em Washington: "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Luther King referia-se ao sonho de que um dia seu país vivesse sob a certeza de que todos os homens foram criados para viver em igualdade.

Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul dos Estados Unidos, o que culminou em seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha, num hotel da cidade de Memphis (Tennessee).

James Earl Ray confessou o crime, mas anos depois repudiou sua confissão. A viúva de King, Coretta Scott King, junto com o restante da família do líder, venceu um processo civil contra Loyd Jowers, um homem que armou um escândalo ao dizer que lhe tinham oferecido US$ 100 mil pelo assassinato de King.

Em 1986, foi estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenagear o reverendo, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário de King, que nasceu em 15 de janeiro. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os Estados do país.
Para saber mais, visite Martin Luther King


Versão integral do famoso discurso "I have a dream", de 1963]

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